Um caloroso debate sobre ética empresarial nos últimos dias me fez buscar o índice de transparência internacional medido anualmente pela Organização Transparência Internacional, desde 1995. Penso que não há como falar em compromissos de desenvolvimento sustentável sem ter em conta os valores éticos fundamentais da justiça, honestidade e verdade.
Para quem não conhece, o CPI - Índice de Percepção da Corrupção, é apurado através de pesquisas de percepção e diagnósticos de especialistas para cerca de 200 países, e tem resultados aprovados por um comitê internacional envolvendo estatísticos, economistas, cientistas políticos e sociais. O índice vai zero a 10 - sendo que quanto mais alto o índice, menor a percepção de corrupção no país.
Em 2011, 2/3 dos países ficaram com nota abaixo de 5 - o que significa que são considerados significativamente corruptos. Entre os mais corruptos estão os aqueles com governos instáveis, em especial os que têm histórico de conflitos: Afeganistão, Coréia do Norte, Haiti, Somália. Para minha surpresa, entre os 10 piores encontra-se também a Venezuela. Entre os BRICS, o Brasil é o segundo melhor e a Rússia o último:
- África do Sul: 4,1 (4,5 em 2010)
- Brasil: 3,8 (3,7 em 2010)
- China: 3,6 (3,5 em 2010)
- India: 3,1 (3,3 em 2010)
- Russia: 2,4 (2,1 em 2010)
Entre os mais bem colocados, também pouca surpresa: Australia, América do Norte e Europa Ocidental. Na América do Sul, fazem bonito entre os melhores, dois países apenas: Chile (7,2) e Uruguai (7,0). Dois bons exemplos a serem perseguidos em terra brasilis.
No website da Organização tem um infográfico interativo super interessante e é também possível baixar a planilha histórica dos países monitorados. Os índices de 2011 foram publicados em 1/dez/2011.