Por recomendação do Rogers, acabo de ler um survey muito maduro, encomendado pela renomada The Economist, ao correspondente em São Paulo Brooke Unger, e publicado em 12 de abril último. O tema, não poderia ser mais apropriado num momento em que o não menos renomado Goldman Sachs reafirma o status do Brasil como membro integrante do "BRIC" - designação usada para indicar as quatro nações em desenvolvimento com maior potencial de dominar a economia mundial em 2050.
A questão que o survey se propõe a explorar - e fica longe de responder - é por que o desempenho do Brasil não decola em linha com a expectativa de seus 188 milhões de brasileiros, sendo que ele reúne todas as condições essenciais promotoras de alto desempenho: país grande, democrático, estável e rico em recursos. A constatação é que o Brazil é um campo de batalha entre progresso e inércia. E na opinião da antropóloga Jacqueline Muniz, isso se deve em boa parte ao fato de que o Brasil contemporâneo é um misto de duas moralidades: uma desigual e hierárquica; outra, universal e igualitária.
Inflação sob controle, risco de quebradeiras oriundas de crises internacionais em baixa, bom relacionamento com países vizinhos, democracia consolidada, exportações recordes... a não ser pela falência do sistema educacional, crime organizado e crise aérea longe de se resolver de forma apropriada, o que de mais básico nos falta para começar a inverter o jogo com salto expressivo de desempenho? É uma questão para se pensar.
serviço:
18 Apr 2007
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