Simulação de Nova York alagada. Fonte desconhecida. |
O New York Times de ontem traz uma matéria patética para olhos que estão há mais tempo seguindo o noticiário sobre aquecimento global: os americanos estão preocupados em como atenuar o problema numa situação recorde de emissões de dióxido de carbono. Acho engraçado ler americano falando em "esforço de mitigação global" quando os Estados Unidos apresentam índices constrangedores de progresso na redução de emissões... Sempre dá para jogar o holofote no carvão queimado na China e Índia - a propósito, exemplos de países para onde foram "terceirizadas" operações poluidoras dos países ricos - mas a pergunta que fica é: até quando vamos tapar o sol sem peneira, como diria Millôr Fernandes?
***Matéria de hoje publicada por uma correspondente do Valor Econômico em Doha, diz que os países ricos rejeitam investir para financiar adaptação às mudanças nos países mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global. Notem que já passamos das discussões de redução de emissões para a adaptação às mudanças - um sinal claro de reconhecimento de incapacidade de articulação para redução de emissões... No contexto, realmente não entendo por que este pessoal gasta tempo e dinheiro para a ir a Doha se não pretendem firmar compromisso algum e muito menos ajudar os países mais vulneráveis ao risco que eles próprios (leia-se, países ricos) negligentemente fazem aumentar dia após dia. Patético.
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