26 Apr 2007

investimento "ambiental" agora patrocinado pela BM&F

A moda de investir em projetos e negócios na área ambiental, desenvolvimento sustentável e combate ao efeito estufa, é uma realidade já relativamente sedimentada mundo afora. A mecânica é simples e interessante: as empresas fomentam projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo através da compra dos chamados créditos de carbono, a moeda deste mercado. Na prática isso funciona assim:
  • Cada empresa calcula o impacto de tudo o que seu negócio usa e deixa para trás no curso de um dia de operação. Do papel usado no escritório, eletricidade, ao combustível nos carros usados para transportar os funcionários para o trabalho, todos deixam para trás algum tipo de resíduo no planeta;
  • Seguindo uma fórmula pré-determinada, é possível dimensionar quanto a operação diária de uma empresa requer de produção de dióxido de carbono. Este número é conhecido como créditos de carbono ou créditos de energia renovável.

Colocar preço na demanda de carbono é apenas uma forma de tentar fazer do planeta um lugar melhor, o primeiro passo rumo à energia sustentável. Cada empresa adquire então créditos de carbono em quantidade compatível com seu consumo de energia. E estes créditos se transformam em investimento em projetos de redução de emissão de poluentes e energia renovável.

Do outro lado da linha ficam os projetos ambientais, que devem buscar um selo de certificação verde como parte do seu processo de qualificação para receber investimentos oriundos dos créditos de carbono. Nos Estados Unidos, estes RECs - Renewable Energy Credits - são verificados e certificados, entre outras, por entidades como a Green-e.

A boa nova é que aqui em terra brasilis, a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) passou a suportar a comercialização destes créditos, inclusive apoiando o lançamento do website Mercado Carbono, com informações sobre negócios na área ambiental, desenvolvimento sustentável e combate ao efeito estufa. O objetivo é promover o encontro entre quem produz e quem desenvolve projetos de responsabilidade ambiental com investidores, empresários e cidadãos. Estimado em US$ 30bi anuais, este mercado de créditos de carbono é ainda pouco conhecido dos brasileiros.
Dentre as empresas brasileiras que já contam com o selo verde, a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, se destaca como a primeira orquestra a aderir ao Programa Carbono Neutro; por meio dele, a emissão de GEE (gases de efeito estufa) gerada pelos espetáculos da Banda é quantificada e neutralizada pelos créditos de carbono que financiam o plantio e manutenção de árvores, feito pela Fundação S.O.S Mata Atlântica.

Conheça mais sobre este tema explorando os links deste post e ajude a divulgar esta idéia. O planeta agradece!

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